sexta-feira, 27 de maio de 2011

Exposição VER-SUS RIO no Rotas Críticas

Fomos convidados à expor fotos da nossa vivência com um recorte de gênero no Rotas Críticas.
Pensamos que por não termos registrado essa vivência com enfoque no gênero não teríamos imagens que dessem conta de abordar esse assunto. Entretanto, não precisou muito para selecionarmos 20 fotos que tinham tudo a ver.

                                                                                         



Queria agradecer a colaboração do Rafael e do Igor na elaboração do banner de apresentação!
 É isso, em breve o segundo VER-SUS que participarei!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Encontro dia 16/04!

O VER-SUS realmente não acabou, e se depender dos participantes e professores ele continuará por muito tempo. Depois de vivenciarmos tanto sobre o Sistema, agora discutimos como fazer para que mais alunos de graduações da área da saúde possam passar por essa experiência conhecendo e se interessando mais pelo SUS. Amanhã, dia 16/04 teremos mais uma reunião a respeito disso! Além desses encontros, estamos nos organizando para expor algumas fotos no projeto Rotas Críticas.O resultado dessa mostra você vai encontrar aqui ;)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pensa que acabou?

Que nada, dia 23 de fevereiro nos reunimos novamente para dar continuidade aos "produtos" desse projeto!
Além de posteriormente escrevermos um artigo sobre a experiência, vamos produzir um volume do InfoSaúde. O tema vai ser Educação Permantente. Os eixos serão:
• Conceitos
• Vivências e protagonismo estudantil
•  Experiências inovadoras de formação de profissionais de saúde
•  Redes de atenção e Saúde da Família
Então é isso! Em breve mais postagens!

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Vou pra Porto Alegre, tchau!

Infelizmente só participei do VER-SUS até o dia 28. Participar do VER-SUS foi uma experiência prazerosa e inesquecível. Depois de um ano e meio conhecendo e estudando o SUS foi o meu maior e melhor contato com o mesmo. Percebi que a teoria e a prática na maioria das vezes não andam muito próximas, seja por falta de dinheiro, de conhecimento ou de vontade política. Percebi que há muita coisa pra fazer pela saúde da população, mas que tem gente trabalhando pra que isso aconteça, empenhado em realizar o "sonho SUS". Observei que promover e gerar saúde é muito difícil quando a comunidade não tem condições básicas de vida, mas que isso não é impossível e nem todos se deram por vencidos. E isso é muito estimulante; no meio de diversas notícias mostrando o que por vezes é denominado de "caos" do SUS, ver o Sistema nascendo e crescendo pra dar certo.
Por isso queria deixar registrado o meu agradecimento à todos que trabalharam pra que o VER-SUS pudesse acontecer:
→ A prefeitura do Rio de Janeiro que acreditou no projeto financiando e organizando o evento, em especial ao professor Luís Felipe Pinto.
→ Às professores Marilise Mesqiuita e Izabella Barison e a Maria Luiza Jaegere que acompanharam as atividades;
→ Ao professor Alcindo que me proporcionou essa vivência ao me escolher como bolsista;
→ Aos profissionais dos serviços visitados que foram atenciosos e dedicadíssimos!
→ Aos meus colegas, agora amigos, que acrescentaram muito a vivência, contribuindo com suas experiências e me ajudando a refletir sobre tudo que vivenciamos, além de me proporcionar momentos de muitas risadas!
→ Ao Rafael e Igor que nos ajudaram no registro da vivência.
→ E por último, mas não menos especial à Patrícia Lira, que muito mais que organizadora da nossa agenda foi a nossa amigona, sempre animada e disposta a ajudar!
Obrigada a todos por essa oportunidade única! AbraSUS e até breve!

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Mini curso de Epi Info

Nos dias 27 e 28 de janeiro tivemos o mini curso de Epi Info. O Epi Info é um programa bastante interessante pois através dele é possível realizar o gerenciamento e criação de bancos de dados, análise de dados, realizar gráficos e tabelas, etc. Essa ferramenta é muito utilizada na área da epidemiologia. Essa atividade nos possibilitou o primeiro contato com esse programa. Além desse aprendizado, calculamos medidas de tendência central e dispersão, tivemos contato com análise de dados e vimos conceitos como incidência, prevalência e risco.
O que mais me interessou nessa atividade foi o contato com o Epi Info, pois, no curso já tinha aprendido sobre os outros assuntos. De qualquer forma, foi válido para os colegas dos outros cursos que aprenderam um pouco mais sobre epidemiologia. Como sugestão, fica a idéia dessa atividade acontecer aqui em Porto Alegre mesmo, oportunizando conhecimento prévio dos que vão vivenciar o SUS, e otimizando a vivência dos serviços de saúde.

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Oficina de Postais

Oi, meu nome é Raíssa, tenho 19 anos, sou gremista, escorpiana, estudante de saúde coletiva. Gosto de praia e de serra. Gosto de chuva, quando posso ficar dormindo, e de sol no domingo, ou na praia.. eu disse sol, não calor! Não gosto de pessoas preconceituosas, de ter que esperar nem de ar condicionado. Gosto da minha família, aquela que nasceu minha e a que eu escolhi também! Gosto de desafios e gosto de saber que estou estudando para melhorar a vida de algumas pessoas.

É fácil falar de você? Pense agora, em qualidades e defeitos, em curiosidades sobre você, sobre o que gosta e o que não gosta?! Foi fácil?
Foi dessa maneira que começou a nossa oficina de postais no dia 25/01. Com perguntas aparentemente fáceis mas que tornam-se difíceis de responder uma vez que você tem que falar resumidamente tudo o que é. (e o que eu escrevi ali em cima, embora não esteja muito bom, não foi o que eu falei sobre mim aquele dia.). De qualquer forma essa foi uma atividade muito divertida, onde descobrimos um pouco mais sobre o outro, aquele colega que já estava há mais de uma semana comigo mas que eu ainda não conhecia muito.
Posteriormente, foi nos solicitado que escolhessemos um postal dos tantos espalhados no chão. Escolhi esse postal:
Tínhamos depois que explicar a nossa escolha e ver se o texto atrás correspondia ao que pensamos quando optamos por tal postal. Escolhi essa imagem e frase, pois acredito na importância do homem/pai cuidar do seu filho, seja nas questões de educação, lazer, rotinas da casa etc. Acredito que vivemos em uma sociedade ainda machista, mas que pouco a pouco isso está mudando, a mulher não é mais a responsável pelo filho, a mulher também é esposa, e trabalhadora. Por isso escolhi esse postal, pois essa figura me remete a essa conquista da mulher, a idéia da paternidade consciente. Isso traz mais saúde à mãe, pai e filho!
Todos os postais tinham relação com bem estar, com saúde. Fizemos uma reflexão bastante parecida com uma experiência anterior oportunizada pela UPP de Educação e Promoção em Saúde do primeiro semestre do curso.


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A tão conhecida Rocinha. Conhecida mesmo?


Sempre que se ouve falar da Rocinha na mídia, as notícias são de violência, balas perdidas e o domínio do tráfico. Quando fiquei sabendo que visitaríamos essa favela, minha primeira reação foi de medo. Entretanto, como já relatei, tive a oportunidade de participar de um plantão noturno do CAPs III, no qual fui com bastante receio. No dia seguinte permaneci na Rocinha e tive a oportunidade de acompanhar o agente Eden no cadastramento da população para o acesso aos serviços de saúde. Logo na saída, nos foi dito para não ficarmos impressionados com as armas que veríamos lá, e até aquele momento era só isso que eu espera ver. Começamos nossa caminhada passando pelas obras do PAC. Casas coloridas, escadaria com corrimão, uma pracinha.. Infraestrutura básica. Continuamos nosso trajeto, e quando o agente Eden entrou em um espaço pequeno, me pareceu que o mesmo estava entrando em alguma casa, quando percebi, estávamos descendo escadas irregulares e apertadas.  Descemos e descemos,
sentindo cada vez mais calor e menos circulação de ar (não é a toa que a média de tuberculose na rocinha é maior que a média brasileira). Acompanhamos então o primeiro contato com uma moradora da Favela. Eden só foi entregar uma receita, resultado de uma consulta feita pela usuária. A senhora foi bastante atenciosa, conversamos um pouco, ela disse não usar muito os serviços de saúde, mas ter uma boa impressão da rede. Fomos embora depois de alguns minutos com ela se desculpando pelo mal cheiro que estava ali, resultado de um esgoto aberto que passava ao lado da casa. Começamos a subir as escadarias, me sentia cada vez mais em um labirinto, vimos muito lixo e esgoto, alguns ratos e várias baratas. Vimos também pessoas que viviam ali descer rapidamente aquelas escadarias que me pareciam tão difíceis de vencer. Cada morador que passava por nós nos cumprimentava, muitos sorriam e eu me questionava se esse bom humor, ou felicidade realmente era possível naquelas condições. Fomos recebidos em uma casa com água gelada e nos apaixonamos por uma criança linda que ali morava. O menino corria de pés descalços e por muitas vezes colocava uma madeira que encontrara no chão na boca. Quando já nem me lembrava mais da orientação de permanecermos naturais se víssemos pessoas armadas, ouvimos uma gurizada, ou rapaziada, como se diria ai no Rio, descendo rumo à praia, todos nos cumprimentaram, inclusive os meninos que andavam armados e aquilo foi tão natural que se estivesse um pouco destraída nem percebería a presença daqueles objetos.
Até então estava impressionada com aquele espaço dentro da Rocinha composto por Unidade de Pronto Atendimento, Clínica da Saúde da Família e Centro de Atenção Psicossocial. Mas é possível fazer saúde apenas com essa infraestrutura impactante? Ou com os profissionais da saúde que integram as equipes dali? Enquanto andava por ali me questionava continuamente o que eu faria se tivesse o poder de melhor a vida daquelas pessoas. Começaria avaliando aquelas casas que foram construídas por moradores em terrenos íngrimes e sem considerar a necessidade de pegar luz ou simplesmente de pensar na circulação do ar? Refazendo aquelas escadas que não permitem que idosos ou deficientes físicos saiam de casa? Daria prioridade ao saneamento básico que hoje é inexistente naquela realidade e é sem dúvida um dos principais geradores de doença naquelas famílias? Investiria na educação para futuramente as pessoas apreenderem a importância de bons hábitos para uma boa saúde? Alguma dessas opções resolveria sozinha a vida e a saúde dessas pessoas? Acho que só uma integração dos órgãos públicos da área da saúde, urbanismo, educação entre outros, resolveria a saúde na Rocinha. E quando isso vai acontecer na vida de mais de 100 mil habitantes? É isso que me preocupa.
Com certeza essa foi a melhor experiência que o VER-SUS me proporcionou. Nunca havia visto nem sentido tanta falta de condições para gerar Saúde!

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